"A minha Dor é um convento ideal
Cheio de claustros, sombras, arcarias,
Aonde a pedra em convulsões sombrias
Tem linhas dum requinte escultural.
Os sinos têm dobres de agonias
Ao gemer, comovidos, o seu mal ...
E todos têm sons de funeral
Ao bater horas, no correr dos dias ...
A minha Dor é um convento. Há lírios
Dum roxo macerado de martírios,
Tão belos como nunca os viu alguém!
Nesse triste convento aonde eu moro,
Noites e dias rezo e grito e choro,
E ninguém ouve ... ninguém vê ... ninguém ..."
Florbela Espanca
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
Presente. Beijo!
posso ser surda, ao estilo da avózinha do allô allô mas ouço o ressoar dos teus gritos. estão À flôr da pele, sentem-se. não preciso de mais.
je suis ici.
beijinho grande
Enviar um comentário